Sussurro que...
Não te amo como se fosse rosa de sal, tipo topázio
ou seta de cravos que propagam fogo, amo como se amam certas coisas obscuras, secretas, entre a sombra e a alma.
Amo como a planta que não floriu e tem ainda assim, dentro de si, escondida, a luz das flores,
e, graças ao teu amor, vive obscuro e constantemente fora do meu corpo
Amo sem saber como, nem quando, nem onde
Amo sem limite, sem orgulho
Amo assim porque não sei amar de outra maneira
A não ser deste modo em que nem sou nem serei,
Mas te quero tão perto que a tua mão no meu peito é minha.
tão perto que os teus olhos se fecham com o meu sono.